A Bela e a Fera (da Disney)


O ano era 1991. Por volta de julho, estreava nos cinemas brasileiros um filme de animação que se tornou um campeão de bilheteira, um favorito junto aos espectadores de todo o mundo e um marco importante na história da arte da animação. Estou falando de A Bela e a Fera, o primeiro longa de animação a ultrapassar a barreira dos US$100 milhões de dólares de faturamento no seu lançamento inicial!


O filme foi o primeiro e único longa-metragem de animação a receber uma indicação para o Oscar de Melhor Filme da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood e a vencer um Globo de Ouro de Melhor Filme Comédia/Musical. É de ficar com o queixo caído, neh?! No total, o filme recebeu seis indicações ao Oscar de 1992, vencendo as estatuetas de Melhor Canção (Beauty and the Beast) e de Melhor Trilha Original (composta por Alan Menken). As outras indicações foram além de Melhor Filme, Melhor Som e mais duas indicações para Melhor Canção, com as músicas Be Our Guest e Belle. Do Globo de Ouro ganhou também o prêmio de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção (Beauty and the Beast), além de outra canção ter sido indicada (Be Our Guest). Recebeu ainda outros prêmios da indústria fonográfica, vencendo dois Grammys.


À época de seu lançamento original, A Bela e a Fera encantou os críticos e teve um papel fundamental no renascimento do interesse pelo gênero musical. Além disso, o filme também ajudou a ressuscitar os musicais da Broadway, com a estréia de sua montagem teatral em 1994. O musical da Broadway, que incluía novas canções do compositor Alan Menken (com letras adicionais de Tim Rice), foi indicado a nove Tonys (tendo vencido o prêmio na categoria de Melhor Figurino). 


Usando temas clássicos e elementos básicos das fábulas tradicionais como ponto de partida, a roteirista Linda Woolverton criou um roteiro original que se tornou a espinha dorsal estrutural e emocional para o desenvolvimento visual e suas respectivas fases de storyboard. O produtor executivo e letrista Howard Ashman também contribuiu muito para o desenvolvimento e a estrutura da narrativa desde as suas fases iniciais. O filme foi dirigido por Gary Trousdale e Kirk Wise e teve 84 minutos. Anos depois foi lançado em DVD uma edição que continha um novo segmento musical Humano Outra Vez (Human Again), aumentando para 91 minutos o tempo de duração do filme.


O sucesso de A Bela e a Fera deu um tremendo impulso ao departamento de animação dos estúdios Disney, contribuindo ainda mais para o renascimento artístico iniciado dois anos antes, com o lançamento de A Pequena Sereia, cuja trilha também incluíra canções de Howard Ashman e Alan Menken. Os filmes de animação passaram a ser encarados como um gênero sério de cinema, o que levou à revitalização desta forma de arte. Subsequentemente, os estúdios Disney lançaram outros musicais animados, como Aladdin, O Rei Leão, Pocahontas, O Corcunda de Notre Dame, Hércules, Mulan e Tarzan.


Transformar A Bela e a Fera num longa de animação Disney foi um enorme desafio que consumiu mais de três anos e meio de trabalho de quase 600 animadores, artistas e técnicos, sem falar em quase um milhão de desenhos e 226.000 folhas de acetato pintadas individualmente. À frente da equipe estavam o produtor Don Hahn, um veterano há 25 anos na Disney, e dois talentosos jovens diretores, Gary Trousdale e Kirk Wise, que fizeram sua estréia diretorial no filme. Este mesmo trio de cineastas reeditou sua parceria na criação de O Corcunda de Notre Dame (1996) e Atlantis – O Reino Perdido (2001). Dez supervisores de animação ficaram encarregados de dar vida a personagens específicos, com a ajuda de um grupo de talentosos animadores de personagem, arte-finalistas e outros artistas. Os animadores da divisão Disney baseada nos estúdios Disney-MGM de Lake Buena Vista, na Flórida, também contribuíram para a produção.


Na década de 1930 e novamente na década de 1950, Walt Disney considerou tornar A Bela e a Fera um longa de animação, mas como não conseguia desenvolvê-lo de modo adequado, cancelou o projeto. Só após o estrondoso sucesso de A Pequena Sereia em 1989 a equipe decidiu fazer uma terceira tentativa.

POSTERS


A HISTÓRIA

O filme se passa num vilarejo francês, possivelmente no século XVIII e conta a história de Bela, uma jovem bonita e inteligente. Bela é diferente dos aldeões e por isso ela é considerada estranha. Ela tenta fugir de sua vida tediosa através da leitura (aparentemente, ela é a única mulher que lê na vila). No vilarejo, vive Gastão, um homem musculoso e convencido que vive tentando conquistar Bela. Apesar de todas as jovens do vilarejo o acharem um homem bonito, Bela não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva. Ela é filha do bondoso Maurice, um inventor que é visto como louco pelos habitantes do vilarejo. Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e todos os "moradores" do castelo, que lá vivem e também foram transformados em objetos falantes, sentem que esta pode ser a chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor, sendo que isto tem de ser rápido, pois quando a última pétala de uma rosa encantada cair o feitiço não poderá ser mais desfeito. Com a ajuda dos empregados encantados do castelo – um bule de chá, um candelabro e um relógio, entre outros – ela logo passa a ver que por trás da aparência assustadora da Fera se esconde o coração e a alma de um príncipe humano. Enquanto isso, consumido pela rejeição e pelo ciúme, Gastão demonstra ter o coração de um monstro e lidera uma turba enfurecida até o castelo para tentar matar a Fera.

 

Essa versão do conto-de-fadas pela Disney conta a história de Fera. Não se trata da história de uma jovem que quer conquistar seu amor e é capaz de sacrificar muita coisa para realizar seu sonho, como Ariel de A Pequena Sereia. É a história de um cara com problemas sérios e de sua redenção final graças a uma série de acontecimentos. Para ele, o taxímetro está correndo e ele precisa encontrar alguém para amá-lo antes que a bandeirada de sua corrida chegue ao fim. Nessa história, a rosa se tornou o tique-taque de um relógio.


Outro elemento único nesta história é a ausência de um vilão típico. Na maioria dos filmes da Disney, o herói luta contra obstáculos externos, sejam eles uma bruxa, um dragão ou algum maníaco. Neste filme, embora Gastão se torne uma ameaça real, o verdadeiro inimigo de Fera é ele próprio e sua verdadeira luta é interna, consigo mesmo, contra sua própria natureza. Esta alteração tornou o personagem muito mais interessante para o filme.


O personagem Zip (a xicarazinha) inicialmente tinha apenas uma fala em todo o filme, mas os produtores gostaram tanto do personagem que decidiram que ele deveria ter mais participações na história. O personagem “fofo” do filme originalmente seria uma caixa de música, que seria uma espécie de versão musical do Dunga (Branca de Neve e os Sete Anões). Entretanto, com a expansão do papel de Zip, a ideia foi eliminada. 

 

É interessante notar que na cidade onde vive, Bela é a única que usa roupas com a cor azul. Esta diferenciação foi criada para ressaltar ainda mais o quanto ela era diferente dos demais moradores do local. Depois, quando Bela encontra a Fera, ele também se veste de azul, mostrando, de uma forma algo primária, que "eram feitos um para o outro". Quem serviu de modelo para os desenhistas desenvolverem Bela foi a atriz Sherri Stoner, que já havia servido de modelo para a personagem Ariel de A Pequena Sereia.


Julie Andrews (A noviça rebelde/Mary Poppins/O diário da princesa) foi cogitada para dublar Madame Samovar. Jodi Benson, que dublou Ariel em 1989 no filme A Pequena Sereia, estava inicialmente escalada para fazer o papel de Bela, mas a equipe considerou que era necessária uma voz de tom mais europeu. Howard Ashman então sugeriu Paige O’Hara para o papel. Durante a audição de Paige O’Hara, uma mecha de seu cabelo voou para a sua face e ela o retirou de lá. Os animadores gostaram disto e adicionaram ao filme.

OS PERSONAGENS

Bela (Belle)
(dublada originalmente por Paige O’Hara e no Brasil por Ju Cassou)

É uma jovem muito forte, inteligente e corajosa, que sacrifica sua liberdade para salvar o pai. Por ser uma leitora ávida, ela encara a vida de um modo diferente, que não necessariamente inclui ser conduzida por algum homem.

Fera (Beast)
(dublado originalmente por Robby Benson e no Brasil por Garcia Jr.)

É um príncipe (Adam) que por negar abrigo a uma feiticeira é amaldiçoado, transformando-se num monstro. Somente se alguém passasse a amar verdadeiramente aquele monstro poderia quebrar o encantamento.

Gastão (Gaston)
(dublado originalmente por Richard White e no Brasil por Garcia Jr. [diálogos] e Maurício Luz [canções])

É um rapaz bonitão e ridiculamente convencido que está determinado a casar-se com Bela. Quando as coisas não saem de acordo com seus planos, ele demonstra ter o coração de uma fera por trás de sua beleza exterior. Tanto nos bons quanto nos maus momentos, Gastão sempre pode contar com seu leal parceiro, Lefou.

Lefou
(dublado originalmente por Jesse Corti e no Brasil por Marco Ribeiro [diálogos] e Pedro Lopes [canções])

É o companheiro de Gaston e vive bajulando-o.

Maurice
(dublado originalmente por Rex Everhart e no Brasil por Pietro Mário)

É o pai de Bela e um inventor cujas invenções pouco convencionais encontram-se muito à frente de seu tempo.

Madame Samovar (Mrs. Potts)
(dublada originalmente por Angela Lansbury e no Brasil por Miriam Peracchi)

É uma simpática senhora, que no momento de feitiço sobre a Fera foi transformada em um bule de chá. Ela gosta muito de dar conselhos martenais e amorosos para Bela e para Zip, seu pequeno filhinho, que foi transformado numa xícara no momento do feitiço.

Zip (Chip)
(dublado originalmente por Bradley Pierce e no Brasil por Priscila Ribeiro)

É um garotinho adorável, filho de Madame Samovar, que no momento de feitiço sobre a Fera foi transformado em uma xícara. 

Lumière
(dublado originalmente por Jerry Orbach e no Brasil por Ivon Cury)

É o antigo mordomo francês do castelo, que no momento do feitiço sobre a Fera foi transformado num candelabro de sangue quente, cujo charme e tradicionalismo transformam qualquer refeição frugal num grande evento.

Horloge (Cogsworth)
(dublado originalmente por David Ogden Stiers e no Brasil por Isaac Schneider)

É o chefe do cerimonial da casa, que no momento do feitiço sobre a Fera foi transformado num relógio, que tenta fazer com que a rotina doméstica “funcione feito um relógio”. Ele tem uma personalidade explosiva e sempre se estressa por qualquer coisa.

Madame Garderobe (Wardrobe)
(dublada originalmente por Jo Anne Worley e no Brasil por Maria Helena Pader [diálogos] e Geisa Vidal [canções])

É uma senhora, que no momento do feitiço sobre a Fera foi transformado num excêntrico guarda-roupa.

Descanso de Pé (Fooststool)
(dublado originalmente por Frank Welker)

É um cachorro, que no momento do feitiço sobre a Fera foi transformado num descanso de pé.

Fifi (Featherduster)
(dublada originalmente por Kimmy Robertson e no Brasil por Maria da Penha)

É uma das faxineiras do castelo, que no momento do feitiço sobre a Fera foi transformada num espanador. Lumière é apaixonado por ela.

Chef Bougé (Stove)
(dublado originalmente por Brian Cummings e no Brasil por Paulo Flores)

É o cozinheiro do castelo, que no momento do feitiço é transformado em um fogão.

Philippe
(dublado originalmente por Hal Smith)

É o cavalo de Maurice, pai de Bela. Quando Maurice é atacado pelos lobos, Philippe foge, voltando para casa. Assim, Bela percebe que alguma coisa aconteceu ao seu pai e sai em busca dele até encontra-lo no castelo da Fera.

Garotas bobinhas (Bimbettes)
(dublado originalmente por Mary Kay Bergman e Kath Soucie)

São garotas que moram no vilarejo e diferente de Bela não são intelectuais. São apaixonadas por Gaston.

Livreiro (Bookseller)
(dublado originalmente por Alvin Epstein e no Brasil por Dário de Lourenço)

É o dono da livraria onde Bela pega seus livros para ler.

Monsieur D'Arque
(dublado originalmente por Tony Jay e no Brasil por Jorge Ramos)

Ele recebe dinheiro de suborno de Gastão para prender Maurice em um hospício.

Padeiro (Baker)
(dublado originalmente por Alec Murphy e no Brasil por Silvio Navas)

É o padeiro do vilarejo onde Bela habita com o pai.

Narrador (Narrator)
(dublado originalmente por David Ogden Stiers e no Brasil por Márcio Seixas)

É a voz que nos conta como a Fera foi enfeitiçado no começo do filme.

AS CANÇÕES

[Algumas informações contidas abaixo foram retiradas do material extra Magia Musical do DVD de A Bela e a Fera - Edição Especial Limitada, lançada no Brasil em novembro de 2002]

A Bela e a Fera levou para as telas um repertório de canções inesquecíveis da dupla de compositores Alan Menken e o falecido Howard Ashman. Os compositores participaram da produção desde suas fases iniciais de desenvolvimento e tiveram uma grande influência sobre a estrutura final da história. Seu trabalho no filme resultou num material com uma sofisticação e uma unidade raramente vistas anteriormente neste meio. As letras das versões brasileiras foram escritas por Telmo Perle Münch. Vamos conhecer um pouco sobre essas canções:

Belle

É o número musical de abertura do filme e apresenta ao espectador a heroína e sua grande ânsia de aventura e romance. Na melodia, Menken combinou influências clássicas, barrocas e francesas a fim de captar o clima e a energia desse vilarejo provinciano. Belle é como uma Sinfonia Pastoral que mostra o despertar de toda a cidade. Ela tem um tom clássico e é muito sinfônica em sua estrutura. Em termos líricos, Belle se encaixa na teoria de Ashman de que praticamente todos os musicais criados até hoje têm um momento no qual a protagonista se senta sobre alguma coisa e canta sobre o seu maior sonho na vida. Em A lenda dos beijos perdidos, a heroína se senta sobre um toco de árvore; em A pequena loja dos horrores, é uma lata de lixo. E Ashman tomou emprestada essa regra clássica da construção dos musicais da Broadway na canção Part of your world, de A pequena sereia. A canção é cantada por Paige O’Hara com a participação de Richard White, Alec Murphy, Mary Kay Bergman, Kath Soucie e outros dubladores. No Brasil a canção recebeu o título de Bela e é cantada por Ju Cassou e outros dubladores como coro, mas ela também é conhecida extraoficialmente por Bon jour. A reprise da canção no filme é cantada apenas por Paige O’Hara e no Brasil por Ju Cassou. Apesar de oficialmente ser chamada no Brasil de Bela (Reprise), ela também ficou conhecida extraoficialmente como Madame Gaston.


Gaston

É uma valsa de uma briga de botequim que mostra ao público a personalidade do personagem-título. Interpretada por Lefou e outros admiradores de Gastão, incluindo o próprio Gastão, a canção representa um momento importante no filme no qual é revelado um lado negro e maquiavélico deste personagem até então considerado inofensivo. A canção e sua reprise é cantada por Richard White e Jesse Corti. No Brasil por Mauricio Luz e Pedro Lopes.


Be our guest

É uma canção alegre na tradição do teatro musical francês, interpretada em grande estilo por Lumière, Madame Samovar, Horloge e um coro de pratos, talheres e outros objetos dançantes. É um dos destaques musicais do filme. Esta canção foi composta, acima de tudo, para preencher uma situação na história. A canção, originalmente, seria dirigida a Maurice. A canção já havia sido gravada e a seqüência, parcialmente animada, quando eles decidiram que ela teria mais sentido se fosse dirigida a Bela, já que ela integra a dupla de protagonistas e a história gira em torno de sua chegada ao castelo. Eles tiveram de convocar Jerry Orbach e todos os demais dubladores de volta ao estúdio para trocar todas as referências de gênero que apareciam na gravação original. A canção é cantada por Jerry Orbach e Angela Lansbury. No Brasil ela recebeu o título de Seja nossa convidada e é cantada por Ivon Cury e Miriam Peracchi, mas extraoficialmente também é chamada de À vontade.


Something there

É uma bela balada que expressa em termos líricos os pensamentos mais íntimos e não verbalizados de Bela e da Fera, à medida em que eles passam a se ver mutuamente como realmente são. Ela é interpretada por Paige O’Hara e Robby Benson, acompanhados por vários dos objetos encantados do castelo, nas vozes de Angela Lansbury, Jerry Orbach e David Ogden Stiers. No Brasil a canção recebeu o título de Alguma coisa aconteceu e é cantada por Garcia Jr., Ju Cassou, Ivon Cury, Isaac Schneider e Miriam Peracchi.


Beauty and the Beast

Essa canção é magistralmente interpretada por Angela Lansbury e acompanha um momento de forte impacto emocional do filme, quando o casal de protagonistas se apaixona. Acompanhando os movimentos panorâmicos e giratórios de câmera e também os movimentos fluidos da dança dos personagens, este número – metade canção de ninar, metade balada pop – capta toda a simplicidade poética daquele momento. A simplicidade é a chave dessa canção em particular. Ela é branda e discreta, ao contrário de algumas baladas que têm um tom grandioso e heroico. A canção foi composta tendo Angela Lansbury em mente. Os compositores selecionaram momentos nos quais Angela deveria se abrir mais e outros mais intimistas, quase num tom de conversa. No Brasil ela recebeu o título de A Bela e a Fera e é cantada por Miriam Peracchi, mas ela também é conhecida extraoficialmente por Sentimentos são.


The mob song
O último número musical do filme é uma canção emocionante e forte ao estilo operístico. Interpretada por Richard White no papel de Gastão, ela acompanha o confronto climático entre o povo da cidade e a Fera. Um coro de 12 intérpretes masculinos participou da gravação da canção criando o tom de baixo que os compositores desejavam. Ela é cantada por Richard White e Jesse Corti. No Brasil ela recebeu o título de Canção da multidão e é cantada por Mauricio Luz e Pedro Lopes.


Human again
Entre as canções originais que Howard Ashman e Alan Menken compuseram para a versão cinematográfica original de A Bela e a Fera, havia uma valsa melódica e arrebatadora, intitulada Human again. A canção foi composta para ser interpretada por Lumière , Horloge, Madame Samovar e pelos outros objetos encantados do castelo da Fera, enquanto o tempo passa e seu senhor vai se aproximando cada vez mais de sua hóspede, Bela. Embora fosse um dos números musicais favoritos dos compositores e dos cineastas, a canção impunha obstáculos à narrativa que não puderam ser solucionados em tempo hábil. Criada originalmente como um número musical com 11 minutos de duração, a canção acabou sendo substituída por uma canção mais curta e direta, Something there. Posteriormente, em 1994, Human again foi incluída em Beauty and the Beast: The Broadway Musical, tornando-se uma das maiores sensações do musical premiado com o Tony. Encorajados por essa resposta, Hahn e os diretores começaram a explorar maneiras de reincorporar o número ao filme no futuro, numa oportunidade propícia. Ela foi animada e posteriormente incorporada aos relançamentos do filme no cinema e em DVD em 2002, tornando-o um pouco mais longo. A canção é cantada por Angela Lansbury, Jerry Orbach, David Ogden Stiers e Jo Anne Worley. No Brasil ela recebeu o título Humano outra vez e é cantada por Miriam Peracchi, Ivon Cury, Isaac Schneider e Geisa Vidal.


Beauty and the Beast (Versão Pop)

Uma magnífica versão pop de Beauty and the Beast, interpretada por Celine Dion e Peabo Bryson, é ouvida acompanhando os créditos finais do filme. A Bela e a Fera foi o primeiro filme da Disney a ter uma versão pop da sua canção principal apresentada nos créditos finais. A canção também teve uma versão pop nos créditos finais do Brasil, chamada A Bela e a Fera, e foi cantada por Ju Cassou e Marcelo Coutinho.



Além das canções, a trilha sonora do filme traz cinco músicas instrumentais:
  • To the fair (Para Bela)
  • West Wing (Ala Leste)
  • The Beast lets Belle go (A Fera deixa a Bela partir)
  • Battle on the tower (Batalha na torre)
  • Transformation (Transformação)

Letra, tradução e versão brasileira de Beauty and the Beast

Original em inglês
Tale as old as time
trilha sonora lançado nos Estados Unidos em 1991
True as it can be
Barely even friends
Then somebody bends
Unexpectedly

Just a little change
Small, to say the least
Both a little scared
Neither one prepared
Beauty and the Beast

Ever just the same
Ever a surprise
Ever as before
Ever just as sure
As the sun will rise

Tale as old as time
Tune as old as song
Bittersweet and strange
Finding you can change
trilha sonora lançada no Brasil em 1991
Learning you were wrong

Certain as the sun
Certain as the sun
Rising in the east
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast

Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast

Beauty and the beast

Tradução em português
Um conto tão antigo quanto o tempo
Tão verdadeiro quanto pode ser
Mal se tornam amigos
Então alguém se curva
Inesperadamente
trilha sonora lançada nos Estados Unidos em 2001

Apenas uma ligeira mudança
Pequena, só pra começar
Ambos um pouco assustados
Nenhum dos dois preparados
A Bela e a Fera

Sempre a mesma coisa

Sempre uma surpresa
Sempre como antes
Sempre tão certo
Como o nascer do sol

Sempre a mesma coisa
Sempre uma surpresa
Sempre como antes
Sempre tão certo
Como o nascer do sol

trilha sonora lançada no Brasil em 2011
Um conto tão antigo quanto o tempo
Uma canção tão clássica quanto a música
Agridoce e estranho
Descobrindo que você pode mudar
Aprendendo que você estava errado

Certo como o sol
Nascendo no leste
Um conto tão antigo quanto o tempo
Uma canção tão arcaica quanto a rima
A Bela e a Fera

Um conto tão antigo quanto o tempo
Uma canção tão arcaica quanto a rima
Corrigir
A Bela e a Fera


A Bela e a Fera

Versão brasileira
Sentimentos são
trilha sonora lançada nos Estados Unidos em 2017
Fáceis de mudar
Mesmo entre quem
Não vê que alguém
Pode ser seu par

Basta um olhar
Que o outro não espera
Para assustar
E até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera

Sentimento assim
Sempre é uma surpresa
Quando ele vem
Nada o detêm
É uma chama acesa

Sentimentos vem
Para nos trazer
Novas sensações

Doces emoções
E um novo prazer

E numa estação
Como a primavera
Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera

Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera

VHS, DVD e Blu-Ray lançados no Brasil

VHS, lançado em 1993
DVD, lançado em 2002 (também em VHS)
DVD, lançado em 2010
Blu-ray, lançado em 2010

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